O primeiro sinal da mudança foi que
Gertie foi parou de botar ovos. Em seguida, segundo seus donos, ela
começou cantar como um galo. Em poucas semanas que se seguiram, Gertie
ganhou peso e desenvolveu aquela barbela característica dos galos. Ela
também desenvolveu uma plumagem marrom-escuro e uma crista, ou seja, aos
poucos a “galinha” foi adiquirindo traços de um macho.
Pesquisas
da Universidade da Flórida garantem que é possível essa mudança de
sexo, embora seja muito raro. A mecânica desse fenômeno biológico parece
funcionar em apenas uma direção, ou seja, somente fêmeas podem se
tornar machos. Isso porque, aves fêmeas têm apenas um ovário funcional,
em seu lado esquerdo. Durante a fase embrionária dois órgãos sexuais
estão presentes em todas as aves. Assim, depois do desenvolvimento, a
ave sendo fêmea, geralmente, desenvolve apenas o ovário esquerdo. A
gônada direita permanece adormecida, não se desenvolve, e então não está
definida como um dos ovários ou como testículos.
Por
alguma razão, geralmente, por problemas de saúde, como um cisto no
ovário, o tumor de glândula adrenal podem provocar a regressão do ovário
esquerdo da galinha. Na ausência de um ovário esquerdo funcional, o
órgão que até então estava adormecido pode começar a crescer
desenvolvendo os testículos, que logo começarão a secretar andrógenos.
Este hormônio está amplamente ligado a ao desenvolvimento de
características masculinas. A produção de andrógenos pode fazer com que a
galinha submeta a mudanças de comportamento e fazendo-a parece mais
como um galo.
Essa mudança não é
completa. A transição se limita a fazer uma ave com o fenótipo do sexo
masculino, o que significa que, embora a galinha irá desenvolver
características físicas de um galo, ela permanecerá geneticamente do
sexo feminino. Assim, a galinha que já é incapaz de colocar ovos, não
poderá, também, “ser pai”!
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