segunda-feira, 7 de julho de 2014

A Sociologia dos seios

Peitos, mamas, seios, bustos, playground para adultos e uma longa lista de sinônimos um pouco mais vulgares são os nomes com os quais nos referimos a essa parte da anatomia feminina que se encontra situada em algum lugar entre as clavículas e o umbigo. Um acúmulo de gorduras, tecidos conjuntivos e glândulas mamárias que é o centro das atenções de milhões de homens (e, por que não dizer, de mulheres) ao longo da história do ser humano.

Seiologia: os seios explicados pela Ciência
Não é preciso mais do que dar uma volta por um shopping para se dar conta de que a superexposição dos seios femininos está por todas as partes, e não unicamente nas vitrine das lojas de lingerie: anúncios de qualquer tipo, desde manequins trajando vestidos fartamente decotados vendendo carros até loiras poderosas de biquíni tomando cerveja, recordam (ou melhor, exigem) as mulheres que se preocupem com o tamanho de seus seios. Ou que, pelo menos, mostrem um pouquinho mais.

Talvez por isso a Ciência tenha dedicado um grande esforço a identificar o que torna os seios tão especiais, e ao longo dos últimos anos realizaram um monte de estudos que abordam dita parte da anatomia sob diferentes pontos de vista.

Quanto mais pobre, maior o gosto pelos maiores.
Comecemos pela pesquisa mais recente. Segundo indicou neste mês de julho um estudo publicado na PloSOne, os homens pertencentes a um nível social mais baixo, com menos recursos financeiros ou circunstancialmente famintos preferem os seios de maior tamanho. Os pesquisadores alegam que a razão disso é devido a que os seios grandes apresentam uma maior reserva de gordura, nosso lado irracional nos faz preferir nesses momentos em que temos o estômago vazio. Ademais, segundo mostravam os dados da pesquisa, quanto mais alto é o nível socioeconômico da pessoa, menor é o tamanho da sua preferência.

Brinquedo masculino.
Mas, para que servem? Por que reclamam nossa atenção? Que fazem e para onde se dirigem? Alguns biólogos, como Larry Young da Universidade de Emory, sugeriram a possibilidade de que os seios resultem atrativos aos homens para que, durante a cópula, sejam massageados. Isso faz com que a oxitocina, o chamado “hormônio do amor”, seja liberada, aumentando o desejo sexual das mulheres que estão sendo acariciadas. Em resumidas contas, os homens gostam de seios porque tocá-los faz com que as mulheres os desejem mais. Isso sim que é um círculo vicioso.

O tamanho sim importa...
É verdade que gostamos dos seios grandes? Pois sim, e segundo um par de experimentos sociológicos realizados na França e na Nova Zelândia, estamos destinados a nos aproximar àquelas mulheres com uma maior talha de busto. Tanto em um estudo como em outro, a mesma mulher com diferentes tamanhos de seios recebia mais olhadelas furtivas e atenção de mais homens quanto mais alto era o número na etiqueta de seu sutiã.

...sobretudo se for machista.
O mesmo estudo no qual descobriram que os homens famintos preferem às mulheres exuberantes assinalava ademais que as pessoas mais machistas costumam preferir também os seios de maior tamanho. No entanto, os que têm uma visão mais igualitária sobre o papel na sociedade de homens e mulheres costumam preferir os seios de menor tamanho.

Os sutiãs deixam os seios caídos.
Usar sutiã ou não? Esta se trata de uma das discussões mais recorrentes no referente à moda feminina, mas um estudo publicado neste mesmo ano parece ter colocado um ponto final definitivo. Segundo assinala Jean-Denis Roullon da Universidade de Besançon na França depois de ter realizado um estudo de 15 anos de duração, os sutiãs debilitam os músculos que contribuem à firmeza do seio, motivo pelo qual as mulheres que não faziam uso de dita peça tinham mamilos em média sete milímetros mais altos que aquelas que usavam.

Alongam a vida dos homens...
A justificativa definitiva para dizer a esposa que ver pornô é bom: segundo uma célebre pesquisa publicada em Hot Topics in Hypertension, observar a cada dia durante dez minutos seios femininos de grande tamanho pode aumentar a expectativa de vida entre quatro e seis anos. A razão alegada pela pesquisa é que aqueles que seguiam esta estrita dieta com todo o rigor tinham uma menor pressão sanguínea e seu coração funcionava melhor. Talvez os resultados do estudo sejam um poucos exagerados, mas não se perde nada ao tentar.

...e é a primeiro coisa que olham.
Sabemos mais ou menos o que vai responder um homem quando lhe perguntam sobre o que é a primeira coisa que ele olha em uma mulher. Provavelmente, a resposta seja "seu sorriso", "seus olhos", "seu cabelo" ou alguma desculpa esfarrapada semelhante. Mentem como velhacos. Segundo uma pesquisa realizada na Universidade de Wellington, na Nova Zelândia, 80% dos olhares masculinas dirigiam-se instintivamente ao decote das mulheres cujas fotografias foram apresentadas. Não só olhavam primeiro, senão que mais tempo. Quais eram as zonas do corpo feminino menos observadas? Os braços, as panturrilhas e os pés. Um estudo análogo feitos com mulheres concluiu que elas também gostam de mentir: mais de 80% olha a braguilha.

Seu tamanho é determinado pelos genes.
Um estudo  publicado em julho de 2012 assinalou os sete marcadores genéticos que determinam o tamanho do busto e que podem ser herdados de mães para filhas. No entanto, o mais interessante da pesquisa realizada por Nicholas Erickson e a empresa de testes genéticos 23andMe é que indicava que existe uma relação entre o tamanho do seio e a possibilidade de sofrer câncer de mama.

Os seios grandes são algo exclusivo dos seres humanos.
Talvez muitos não tenham prestado atenção nisso, mas em poucas espécies animais existe tanta diferença entre o tamanho de uns seios e outros como na humana. Como indicam cientistas evolucionistas, as tetas de outros hominídeos simplesmente crescem durante a lactância e posteriormente retornam a seu estado plano. Por que o homem não? Porque para os humanos trata-se de um ornamento sexual, já que a forma de relógio de areia (larga em seios e cadeiras, estreita na cintura) é a mais atraente para o macho humano, algo que não ocorre com o resto dos primatas.

Uma boa notícia: cada vez são maiores.
E não, não se trata unicamente do aparecimento destes milagrosos sutiãs push-ups (com enchimento) que permitem criar um peculiar efeito visual, senão que as estatísticas demonstram que os seios femininos estão crescendo ano a ano. Os motivos? Aparte do evidente incremento das operações de cirurgia estética, o aumento de peso na população feminina ocidental tem contribuído significativamente a este crescimento. De fato, o tamanho médio nos Estados Unidos passou do 34B em 1990 ao 36C.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário